segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mudança de endereço


Bom dia a todos!
Como já foi anunciado anteriormente, estou mudando de endereço. O novo blog ainda está simples, mas agora é nele que expressarei meu trabalho e seus bastidores.
Confiram o novo formato no http://camilapigato.wordpress.com.
Mais uma vez obrigada pela força!
Grande abraço,
Camila Lopes Pigato

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O texto prometido

Bom dia, queridos!
Encerro este blog com um texto que faz parte de um conjunto de novas criações. Imagino ser este o que mais se encaixa aqui. Respirem fundo em alguns parágrafos, pois o uso de vírgula em detrimento do ponto final é proposital. Faz parte da demonstração de um só pensamento, sem pausas.
Abraços!

"O Conto de Fadas é a Realidade


Era uma vez uma linda menininha. Veio ao mundo com a inocência da criança, mas também com a sabedoria do coração. Num lugar onde o que se aprecia é o cálculo, o título, o batimento de metas, a conta no banco, a popularidade, a roupa que usa, o carro do ano e, principalmente, a razão.

Quando as amigas já namoravam ela ainda brincava de casinha. Não tinha pressa para crescer. Entretanto, mesmo em seu mundinho, em suas brincadeiras, ela via e queria tudo o que as amiguinhas já faziam acontecer.

Quando finalmente seu coração encontrou um amiguinho que ela pensou se tratar daquele que “viria a ser”, ficou um pouco em dúvida sobre o agir. O tempo foi passando e nada acontecia. Com medo de ter feito algo errado e tudo atrapalhado, em nome de um “nós” que só na mente dela existia, resolveu doar-se por inteiro, até que ele estivesse pronto para se decidir.

Muito tempo depois ele finalmente seguiu seu caminho, mas não foi ela a escolhida. Usando sua sabedoria na hora errada e com a pessoa que não merecia, ela viu aquilo como criancice masculina e, esperançosa, abriu ainda mais seu coração.

Anos se passaram, e depois de até fiel ter sido a alguém que muitas vezes por ela nem tinha consideração, magoada depois de tanto ter sofrido, logo encontrou um rapaz mais maduro e viveu outra paixão.

Em pouco tempo muito amigos se tornaram e esta relação estava cada vez mais parecida com a que trazia consigo desde pequena, mas logo veio o “não”.

Ao reencontrar o amigo que com ela mexia, que dela sinceramente gostava, mas com quem ela não se envolvia antes por novamente fazer o que julgava ser “respeitar seu coração”, dizer-lhe- ia o que sentia. Ele, porém, contou seu assunto por antecipação. Com certa esperança no olhar, sabendo estar derrotado, disse que finalmente havia encontrado alguém com quem dividir a vida e até hoje, casados, celebram juntos esta união.

Ela, desanimada, seguiu pelo caminho da auto-iluminção. Enganou-se mais algumas vezes, até “paixão à primeira vista” viveu, e graças a essa paixonite terminou um relacionamento, simplesmente por sentir como se estivesse numa prisão.

Ao ser novamente questionada pelos que a rodeavam o porquê de outro rompimento, ela explicava: “prefiro até quando na quina da mesa eu bato o dedão, pelo menos alguma reação tem o meu sentimento”.

O ápice do aprendizado, que era a razão real de todos esses relacionamentos vividos em vão, foi quando voltou a estar próxima de outro amigo que esteve ao seu lado no começo e que ela, naquele caso, fugindo da realidade por ser fiel ao falso real companheiro do momento, deixou mal resolvida a situação.

Confundindo amor com segurança, carinho e arrependimento, julgou novamente estar diante do homem de sua vida, e este foi justamente o de quem menos se diria, mas o que mais lhe trouxe humilhação.

Cansada de ter o amor dentro de si e nunca poder doar, de confundir os conceitos e esquecer do principal - se amar - ela deixou de ir ao mercado, à escola, à balada e ao curso para paquerar. Não era o ego satisfeito por um gracejo ou um olhar desejoso que ela queria satisfazer. Queria sentir seu coração pulsar e se abrir para alguém que merecesse desfrutar, com quem sua vida pudesse finalmente compartilhar.

Quando parou de procurar estava finalmente pronta para entender. Não, ainda, como notou mais tarde, para viver. Era apenas o primeiro passo despertar. Agora ela precisava exercitar para saber como fazer, para também estar pronta quando a sua vez chegar.

Feliz e realizada por finalmente entender, em paz por se aceitar, tudo começou a acontecer. Mas o tempo da Vida não corresponde ao que julgamos felicidade, e é fácil desta Verdade Maior se desligar.

O tempo continuou a correr, e sua rotina continuava a nenhuma novidade externa ter. Dentro de si conquistas valiosíssimas, mas isso ninguém consegue ver. Para muitos ela ainda era aquela que a mesma vida sabia viver.

Novamente perguntaram o que estaria a acontecer, o porquê de ela sozinha estar. No começo era fácil explicar, e nada do que diziam a faziam de seu caminho se desviar.

Mas sua ansiedade com o correr dos anos passou a se manifestar, e quando novamente a questionavam, ela não mais se defendia e, lado a lado com quem perguntava, voltava-se para Aquele que a apoiva e também dizia: “Quando, como, por quê”?

Sabia ser impossível retroceder mas mesmo assim sorria, concordando, quando por dentro “queria morrer”, por sentir se violentar. Contudo, quando agia seguindo o que todo mundo fazia, era agraciada, enaltecida, admirada. No fundo da alma, todavia, uma “ela” que nunca dormia, abaixava a cabeça, entristecida.

Mas sempre retornava, e voltava a sentir aquela paz, aquele despertamento. Logo, porém, havia outro teste e ela, ainda fraca, vivia outro tormento. Passou a duvidar que um dia iria conseguir voltar, e muitas vezes o desespero a acometia.

Em nenhuma das realidades mais conseguia se encaixar. A que vivia não satisfazia suas necessidades. E a que queria ainda não estava à disposição.

Por ter sua insegurança como guia, em vez da auto-iluminação, todos os conceitos confundia e presa em duas realidades se debatia.

O que num dia era certeza, no outro parecia novamente uma ilusão, e ela sofria.

Seria o amor de um casal - fundamental em sua ideologia pessoal - sensação sublime, eterna, calma e feliz, ou isso era algo que nos contavam para fugir da dura relidade, sendo o ópio para a razão?

Seria a incapacidade de amar primeiro para depois esperar receber, a inexperiência do poeta ou o costume engessado e reverenciado de quem vive, depois pensa, e não muda, porque é menos trabalhoso sonhar e mudar que simplesmente continuar com o pé no chão?

E se aquele que ama sem precisar ser amado e, seguindo esta concepção, conseguir no máximo um aperto de mão ou mero pressentimento e ainda assim encontrar a pura felicidade, for quem já despertou para uma nova realidade que não precisa ser praticada apenas no céu, mas quer exatamente elevar os relacionamentos e trazer à terra a superação?

Seria ele um bobo sonhador, ou alguém que vê a vida além da vida e compreende que muito do que se passa aqui seria o meio para alcançar o fim, e não a verdadeira realização?

Precisamos experimentar para saber, só assim será finda esta fase da lição. Se alguém ensina logarítmo, é pedido que volte a sentar com os alunos e exercite o somar e subtrair? Não seria mais lúcido deixá-lo seguir seu curso, rumo à Universidade?

Será o poeta o bobo alienado, ou aquele que já foi e já voltou enquanto nós ainda estamos indo, e está dividindo seus ensinamentos, feliz, querendo multiplicar a realidade que ele já percebeu existir?

Ou talvez ele queira tanto fugir de si que, usando seu talento, inventa toda uma linda estória com nobres justificativas e todos estejam realmente com a razão. Como saber?

Será que a paz que sente ao se elevar àquela visão acontece porque ele realmente encontrou a si e para todos os erros do passado achou explicação, admirando o mecanismo da vida o encaminhando e o trazendo à razão, mesmo que seja pelo coração, ou porque está tão equivocado que até dentro de seu desequilíbrio de concepção sente alinhamento, por uma incapacidade de encarar a vida como ela é, o que seria, então, limitação, e não maior entendimento?

Mesmo que seja uma paz vinda lá de dentro, que não foi nem buscada, simplesmente aconteceu e sempre que dentro dela agiu, o fez com discernimento e sentiu por tudo e por si mesmo admiração?

Não seriam essas dúvidas frutos ainda dessa distorção da verdadeira realidade, que é transformar o que é bom em lamento, só para que se seja mais um inserido na coletividade de sofrimento, querendo derrubar todo aquele que possa ajudar a trazer um pouco mais de compreensão?

Sendo assim, até que ponto não ter um relacionamento se ele for somente iniciado para suprir as próprias necessidades do momento, trazendo com o tempo transtornos de outro segmento, seria viver fora da realidade, só porque é assim que se age na atualidade, sendo diferente se fosse em outra situação, em outro espaço de tempo?

Não estar com uma presença física ao lado seria mais triste que estar com alguém por obrigação, por compromisso assumido e posteriormente percebido equivocado, por medo do rompimento ou mesmo por acomodação?

Ter uma casa, um carro, um namorado e um bom trabalho é sinônimo de ausência de sofrimento?

Qualquer um que seja belo, saudável, livre de situações revestidas de trauma aparente parece vir ao mundo a passeio e é menosprezado, puxado para baixo ou ridicularizado, como se em vez de conseguir pegar a sua máscara de oxigênio para estender outra ao viajante ao lado, fosse obrigado a também desfalecer e fazer parte do caos, da confusão.

Acontece que mesmo eles, sem causas de pane aparente, já estão padecendo de outras formas ou antes já padeceram, sucedendo apenas que a todos ainda não é possível disso saber.

Se apenas conquistar o que queremos materialmente é suficiente, como se fosse mais um item numa lista quando nos preparamos para fazer a compra no supermercado da vida, chamando isso de realidade, por que aqueles que já deram de caneta vermelha o último “ok” ainda sentem vazio e perdem o chão?

Será que superar os próprios defeitos, buscar saber um pouco mais de si e procurar o amor por amar, não por sozinho estar ou por precisar de alguém para as compras carregar, as contar dividir e os filhos educar ou lhe elogiar é sair do contexto ou começar a agir com lucidez?

...

Esta mulher sabe o que quer, mas está com dificuldade em se assumir. Perdida entre sabedoria, ansiedade, opiniões, revolta, coisas que ela vê acontecer, impaciência e a realidade que sente e sabe existir, volta a ver a si como se ainda fosse a mesma menina que ainda sonha, que amou em vão, e até seu trabalho tem dificuldade em encarar como profissão.

Ela, pela felicidade inicialmente sentida e para si mesma ter feito uma afirmação, pensa já estar totalmente decidida. Mas a vida é a melhor escola, e ainda tem a ela para ensinar o final da lição.

Não importa o que fazemos facilitados pela circunstância, nem simples palavras ou verbal posicionamento. A verdadeira atitude é aquela que parte de fundo da alma, que sentimos com o coração.

Quando fecha-se para as influências e torna a enxergar a si mesma como é, por mais dor e “vontade” contrária que sinta, não consegue desistir. Por obviamente não ser perfeita, conseguiu titubear, mas até isso é explicável devido à distorção da realidade que vivemos aqui.

A dúvida realmente a surpreendeu e isso chegou a desanimar. Ainda assim nunca cede totalmente, pois está convicta de reagir, lutar e conseguir.

Mas é difícil aceitar completamente, porque junto do despertamento vem a responsabilidade, e, neste assunto específico, ela não mais poderá falir. Para poder seguir, terá que terminar totalmente este ensinamento.

Novos desafios virão. Tudo ao seu redor vai mudar e a mudança, mesmo que venha para elevar, ainda incomoda o ser humano, acostumado somente a reagir.

Talvez seja por isso mais difícil acreditar não no exagero pejorativamente romântico do conto de fadas, e sim numa melhora de relação, de atitudes e de auto-descobrimento, passando a viver um novo tipo de interação. Se a História prova nossa trajetória como evolução em todos os aspectos, fatalmente a rudeza de sentimento e também a falta de inteligência emocional terão que cair.

Automático, ainda lógico e fácil, porém, é, imaginando-a iludida num “felizes para sempre” que realmente é uma utopia - ainda temos muito o quê evoluir para poder viver - apontar para esta mulher, chamá-la de “menina” e, descaradamente, rir.


Fim"

sábado, 12 de junho de 2010

Minhas impressões sobre o Amor de forma geral

Olá! Antes de deixar meu texto, ocorreu-me a lembrança de que estou devendo minhas observações para que o post "Perdida e Salva" tenha um complemento. Segue abaixo o link:
http://ameninaqueencontrouoamor.blogspot.com/2010/05/perdida-e-salva.html
Eu não sou adepta da teoria do Caos, do ateísmo ou do materialismo. Não só acredito como, humildemente falando e sem querer contrariar ninguém gratuitamente, sei existir uma Energia Criadora que ainda temos a necessidade de traduzir numa figura praticamente humana e chamar de Deus.
Partindo desta premissa, seguirei minhas observações.
Seres criados por Deus de forma igual, cabe a cada um de nós trilhar nosso próprio caminho. A regra é a mesma para todos, a ajuda está sempre disponível, basta que para ela nos voltemos.
Com o objetivo de ensinar o real sentido da Vida e sermos dignos de fazer parte do Bem, vivemos nossas experiências de acordo com o que merecemos, e mesmo os erros servem para aprendermos, não para punir.
Há a consciência comum e a coletiva. Cada um tem sua própria trajetória, seus débitos e suas conquistas. Mas todos fazemos parte de um todo, e por ele ainda somos muito influenciados.
Observando o grau de nossa consciência coletiva, conclui-se estarmos no início da caminhada. Nossa humanidade comete muitas atrocidades, ainda não é fraterna, embora, claro, existam muitos e muitos focos de luz. Mas no conjunto ainda somos muito ansiosos, imediatistas, materialistas, egoístas. Isso mesmo, vários “istas”... Não é crítica, não é negativo, é apenas uma constatação.
O que uma sociedade como esta valoriza? Amor? Honestidade? Paciência? Altruísmo? Renúncia? De forma geral, ainda não.
Temos dificuldade em aceitar a idéia de um todo, pois, por exatamente ainda estarmos voltados para a fase do Ego, é difícil ampliar os horizontes e entender o outro, enxergar o coletivo ou um tempo que não seja este. Mas se já podemos apontar como nocivas essas características num indivíduo, por que não ampliarmos a visão e notarmos o mesmo traço em nossa coletividade?
Penso, e várias leituras concordam com esta linha de raciocínio, que, exatamente por sermos “crianças” espiritualmente falando, ainda precisamos passar por vários tipos de amor para compreender o Amor Maior. Não precisa nem ir para o sentimentalismo, que você possa, talvez, alegar ser meu único guia. Estou falando de ciência, de teorias de estudiosos sérios da Psicologia, que demonstram os traumas, transtornos e doenças gerados pela falta de amor no ser humano. Seja pela ausência do auto-amor, amor dos pais, amor do parceiro, dos que o/a rodeiam, etc.
Em minha visão pessoal, precisamos do amor pai/mãe para entender o doar-se de forma incondicional; o de amigo para sentir o apoio, o companheirismo; o amor fraterno para descobrir que é possível amar sem esperar nada em troca; o de homem/mulher para descobrir a sintonia, a identificação, a doação, a cumplicidade.
As diferentes formas de amor que existem na Humanidade são apenas fragmentos do Amor Maior, ativando nossas qualidades, cada uma à sua maneira, esperando que cada um de nós amadureça e possa entender este sentimento maior em sua totalidade.
Deus, por ser uma energia tão pura em contraste com a nossa materialidade, não podendo fazer um contato “pessoalmente”, encontra através dos mecanismos da vida formas de falar conosco diretamente.
Cada tipo de amor é nobre e deve ser emplamente vivido.
O amor fraterno talvez seja um dos últimos em que pensemos... O de amigo depende muito da nossa capacidade em conquistá-los, e muitas vezes nossas amizades não são movidas pelos motivos nobres. Já o filial, familiar, é mais comum e tão instintivo que até o mais bruto se emociona quando fala de um filho ou da mãe, do pai. É o mais fácil de entendermos, é a lingagem mais universal. E mais “automático”.
Um tipo de amor também amplamente “falado” direta ou indiretamente é o “homem/mulher”. Por que tantas músicas, filmes e livros sobre isso? Talvez seja uma manifestação coletiva, inconsciente, resultado do fato de ainda tanto o valorizarmos e o precisarmos viver porque ainda estamos nesta fase do Ego.
Ter um ego e viver numa fase assim não é ruim. Precisamos, para evoluir, ter consciência de nós mesmos. O problema está em, devido ao pouco conhecimento emocional que temos, “exager na dose” e viver esta fase em desequilíbrio, passando a ser agentes/vítimas do egoísmo.
O amor conjugal, em minha análise, é o que mais aciona o ego, o mais pessoal. É, portanto, bem condizente com o nosso grau de maturidade...Por sermos ainda seres espiritualmente infantis, vivemos este importante tipo de relacionamento que tanto pode nos acrescentar individualmente, de forma nem sempre sábia. Estamos mais preocupados com o “que ele/a faz por mim”, e não o que “eu faço para ele/a”.
Ainda estamos acostumados a receber, não sabemos doar. Preocupamo-nos pelo que ele/a significa não somente para mim, mas o que estar com ele/a significa para mim aos olhos do outro: status, prestígio, dinheiro, posição, beleza, etc...
Ou, mesmo que não seja um relacionamento tão superficial, ainda assim, com preguiça de crescer, de trabalhar (e cuidar de nossas emoções também é trabalho. É, aliás, dos mais nobres, visto que quanto mais depurado o nosso emocional, melhor faremos tudo, melhor trataremos todos), esperamos o outro fazer por nós, colocamos nossa felicidade nas mãos de uma segunda pessoa.
Por isso, a importância de aprendermos sobre nós mesmos, resolvendo nossos problemas internos olhando para dentro e não buscando solução externamente, como arrumando um vício ou preenchendo a vida com a presença do outro em detrimento de uma auto-estima favorável. Quando buscarmos a companhia de uma pessoa para compartilhar, para somar, e não para “sugar”, mais saúde terão os nossos relacionamentos.
Sendo assim, chegaremos mais próximos do amor de doação. Ainda vemos muito o amor sublime como somente o que temos pelos filhos, por exemplo, e o conjugal vemos como “realidade”, “na prática”, quando facilmente perdemos o encantamento.
Claro, não dá para viver eternamente a intensidade do primeiro momento, mas se nós buscarmos o outro para o amar, não apenas por carência, e cuidarmos do relacionamento, não nos acomodarmos somente porque conseguimos nos casar e “estamos garantidos”, poderemos abrir os olhos para uma nova realidade, um outro tipo de sentimento.
Sendo assim, poderemos através deste novo “canal”, ver não somente o ser amado, um novo tipo de felicidade com uma presença ou um sorriso, mas, através da alegria que esses gestos trazem, acionar dentro de nós um Bem do qual anteriormente não tínhamos conhecimento.
A partir daí, encontraremos um sentido maior na vida. Passaremos a viver com mais profundidade a esperança, a alegria, a fé, a felicidade e sentiremos até necessidade em espalhar ao outro esta harmonia.
Talvez o que hoje seja considerado “piegas”, “meloso” ou "romântico" de forma pejorativa, seja apenas um patamar além de um sentimento tão nobre. E, claro, como a mudança é um desafio, seja naturalmente evitado.
O Amor é o que mais rapidamente vence nossas más tendências e nos faz lembrar de nossa origem e nossa finalidade. Ainda estamos aprendendo, não podemos simplesmente descansar e dar a trajetória como encerrada. Tudo o que vivemos é um meio. A Terra é uma escola, uma etapa da caminhada, não a final morada. Mas nós, presos somente a ela e aos nossos efêmeros problemas, insistimos em nela ver um fim.
Bom, o texto de trabalho ficará para os próximos dias, já que me estendi aqui... rs...
Grande abraço a todos,
Camila Pigato

Texto de Despedida


Boa tarde, meus amigos!
Achei linda a figura encontrada na rede. Acho que a vida tem que ser vivida, mas também meditada.
Há algumas semanas venho sentindo mudanças internamente e algumas atitudes foram tomadas.
Mudarei o blog de endereço e reformularei todo o formato. Talvez eu mantenha este para impressões pessoais, talvez me dedique inteiramente ao novo e deixe este de lado. Mas um novo processo está em andamento, aguardem novidades! :-)
Agradeço a passagem de todos e, para encerrar esta fase com um pouco de meu trabalho, publico a seguir um texto criado recentemente. Aguardo comentários!
Forte abraço,
Camila

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Passeando pela rede

Bom dia a todos!
Gostaria apenas de deixar um link interessante para leitura do site "Observatório da Imprensa", que fala sobre a importância histórica do jornalismo.
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=593JDB008
E aproveitem para acessar o jornal The New York Times porque é possível que a partir do ano que vem a leitura online também seja cobrada...
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=593MON002
Adoraria comentar um pouco mais, mas preciso trabalhar! Em breve terei novidades!
Abraço,
Camila Pigato

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Renovações

Bom dia a todos! Fiquei ausente devidos a outros compromissos, mas cá estou eu novamente!
Cada vez mais fico grata à Vida pela profissão que tenho. Poder trabalhar com o mundo das palavras, mesmo que seja de uma forma mais factual que lúdica - como é o jornalismo em relação a criar uma estória fictícia - é sempre muito gratificante. Cada uma tem sua função e cada vez mais eu me sinto pronta para aproximar as duas.
Penso que tudo o que nos acontece na maioria das vezes não deve ser visto como a finalidade da coisa em si, mas como meios para nos levarem a alguma finalidade maior. Eu estou aprendendo tanto com a vida nos últimos anos, principalmente, que espero um dia poder passar adiante este conhecimento simples, porém muito útil, não somente para os que me rodeiam - e que também muito me ensinam - mas para todos aqueles que estiverem prontos para pensar a respeito.
No feriado eu tomava café com um grande amigo e filosofamos tanto que eu saí renovada deste encontro. Entre assuntos coletivos e ideais pessoais, recebi sugestões que sintonizam com o momento de reformulação que estou vivendo. Tudo na vida é movimento, é recomeço, é renovação. Precisamos entender que podemos até ter as mais nobres das intenções ao desejarmos algo, mas se não for o momento certo, precisamos estar abertos para o que a vida nos reserva. Insistir no que queremos pode ser até mesmo prejudicial. Pode demonstrar imaturidade diante da vida e por que não revolta?
Deixar a vida acontecer quando não podemos controlar creio que sempre será a melhor saída...
Grande abraço!
Camila

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Jardim que plantamos

Bom dia! Gosto dessa imagem porque venho sentindo que está cada vez mais perto o momento em que eu farei um jardim em casa. Está vindo à minha mente o tempo todo, está me parecendo possível. Era uma vontade distante, não me sentia pronta ou capaz. Mas há umas duas semanas adotei uma orquídea sem querer (era presente, mas acabei não vendo a pessoa e não ia deixar a linda flor morrer) e como ela é uma planta ornamental, estou sendo obrigada a tomar mais cuidado com ela que com as minhas bravas e fortes azaléias, que estão vivas pela vontade Divina mais do que por meus cuidados... rs... Isso tudo despertou meu lado "jardeineira". Ontem minha nova integrante do mundo verde até floresceu, e eu fiquei encantada! :-)
Bom, hoje eu não estou muito expansiva, portanto, serão palavras breves. Incrível como cada dia é uma oportunidade de aprendizado. E como fica fácil perceber que, como já ouvi algumas vezes, nosso maior inimigo somos nós mesmos. Os problemas ou as soluções estão dentro de nós. Se estamos fortes por dentro, o externo pode até balançar as coisas, mas não faz com que tudo desmorone. E se estamos fracos, nem o que em nossa idéia era o máximo de realização nos traz bem-estar. Mas ainda nos iludimos com ter dinheiro, ter emprego "x", ter o/a namorado/a "y", a familía "assim" ou "assado", fazer a tal viagem, realizar tal sonho e por aí vai. Colocar em prática não é fácil, mas quanto mais cedo percebermos a importância de estarmos bem independentemente do que nos rodeia, será o primeiro passo para uma maturidade maior.
Abraço,
Camila Pigato
PS-> Se você leu, comente! :-)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Oi rapidinho

Bom dia!
Como estou cheia de trabalho hoje darei uma rápida passadinha aqui. Tenho um assunto complementar ao post "Perdida e Salva" para desenvolver, mas precisarei de um pouco mais de tempo.
Hoje um pouco mais cedo, deixei a TV ligada e vi uma história no Programa "Mais Você" que me deixou emocionada. Um moço, Paulo, que perdeu a família toda no deslizamento do morro do Bumba, em Niterói, dia 07/04 último. Ele só não morreu porque foi fazer uma entrega de pizza, e hoje continua o trabalho que exercia com a família.
Esta história me emocionou não somente por ela mesma, por aquele moço, aquela situação e a demonstração de força interior e fé que ele, Paulo, demonstrou. Ele não parava de dizer: "Mas eu sei que vou conseguir realizar o sonho deles, que era ter uma pizzaria, crescer", e que tinha que respeitar a vontade de Deus pelo fato de ter ficado sem a família.
Eu fiquei tocada pelo fato de ver, mais uma vez, o mecanismo da vida acontecendo. Um ser humano que passa por dificuldades e percebe que isso não é punição, não serve para o derrubar e sim para que busque dentro de si o melhor, para que sobreviva. De uma tragédia ele retira força e fé. E este ser humano consegue ainda assim aceitar e acreditar em Deus, mesmo diante da dor. Cada vez mais pessoas despertam para esta realidade, e está ficando difícil não deparar-se com ela.
Somos seres únicos, complexos. Penso que a partir da história evolutiva de cada um, Sabendo de nossas qualidades, nossos defeitos, nosso estado emocional e espiritual em dado momento de nossa Vida, esta Sabedoria Maior se utiliza de diferentes mecanismos para falar uma mesma Verdade...
Para este moço foi perceber o quanto ele era forte a partir da dor, do tipo específico de dor que ele vive, para outro é uma dor ainda maior, para outro é apenas continuar ajudando no que ele já conquistou, e por aí vai... Por isso não podemos nunca julgar as pessoas, pois às vezes mesmos por mecanismos mais "leves", elas também aprendem. Talvez não precisem sofrer tanto para aprender... e nós ainda temos muita dificuldade em aceitar a felicidade, principalmente a alheia...
Ou, para estes que aprendem e ainda não vivem algo tão dolorido, não seja necessariamente mérito, mas uma certa fraqueza espiritual e a impossibilidade de passar por tal dor sem perder o equilíbrio, e a vida envia outro tipo de mecanismo, outra "forma de diálogo", para o mesmo ensinamento. Conforme este ser fique mais forte, mais complexos ficarão os ensinamentos. Cada caso é um caso, cada um a seu tempo...
Bom, realmente preciso ir. Mas exemplos como os de hoje realmente me deixam esperançosa de que cada vez mais a Verdade da Vida será compreendida por todos. Tudo a seu tempo!
Grande abraço,
Camila
Para quem quiser, o link com a matéria do Paulo:
http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1596056-10345,00-MAIS+VOCE+MOSTRA+A+HISTORIA+DE+SUPERACAO+DO+PIZZAIOLO+PAULO+AFONSO.html