segunda-feira, 10 de maio de 2010

Vamos tomar um cafezinho?


Bom dia a todos!
Estou matando meu trabalho, que é escrever, para escrever num lugar onde divulgo meu trabalho... Será que posso sentir culpa? Rs... Acho que não! :P
Convido vocês a pararem um minutinho e tomar um cafezinho comigo... Estava tomando uma xícara de café, o que faço toda manhã (juro que mais um mês assim e eu vou oficialmente me chamar de D. Florinda, porque é tudo o que tenho a me oferecer...rs...)e me preparando para iniciar o dia (hoje perdi a hora e estou um pouco atrasada), quando lembrei do chocolate pela metade que tinha na bolsa e fiz o que adoro: comi chocolate e tomei café ou vice-versa. Preciso parar com isso...
Mas vamos ao que interessa! Neste clima de reflexão em que me encontro, algo me me chamou à atenção em pequenas coisas no meu dia-a-dia foi na facilidade que temos em desarmonizar nosso ser, nossa vida e até as pessoas à nossa volta. E como dá trabalho voltar ao patamar de antes...
Sexta-feira, após uma tentativa frustrada em efetuar uma atividade, somada à outras preocupações, encontrei uma pessoa próxima e espalhei meu mau-humor. Claro, devido a este estado tóxico que irradiava coisa negativa, eu parecia Midas, mas em vez de ouro entenda-se "dá errado", só que no meu caso não era necessário nem tocar... Somente quando percebi que a outra pessoa estava contaminada pelo meu estado de espírito ruim é que a consciência falou mais alto. No mesmo momento mudei, tendo ainda o dever de tentar consertar o erro e ajudar a outra pessoa a sair daquele estado. Até deu certo, mas às vezes as consequências saem do controle, e você acaba criando um débito.
Ou seja: por uma falta de disciplina interna eu quase gerei ações ruins. Temos o dever de não deixarmos o nosso mal ultrapassar as barreiras de nós mesmos e contaminar aqueles que nos rodeiam. E num mundo onde isso acontece o tempo todo, digo mais: temos não somente o dever, mas o direito. Roupa suja se lava em casa, não é o que dizem? Não vamos deixar nossos problemas afetarem os outros, que também têm problemas. E, quando conseguirmos controlar este tipo de sensação, mas os outros ainda não, temos o direito de ficarmos em equilíbrio.
É como a máscara de oxigênio que sai do teto no momento de pane no avião: primeiro coloque a sua, para poder salvar o outro. Se você for pensar em quem já está desacordado, talvez você também desamaie antes de chegar nele ninguém se salva. Isso não é egoísmo! Se você ainda tem condições de buscar a máscara, pegue-a, para que possa reanimar aqueles que já estão desacordados. Egoísmo seria você colocar em si e deixar os outros entregues à própria sorte, tendo condições de ajudá-los.
No post "Desistir", quando eu digo que quase sinto culpa por ter conseguido construir uma rotina saudável, se eu tivesse concluído que isso seria certo, eu estaria querendo colocar a máscara primeiro nos outros. Se escrever é assim tão importante para mim, devo segui-lo: em tempo integral, nas horas de folga, tendo a oportunidade de fazer disso meu ganha-pão ou precisando de outro trabalho e transformando isso num hobby. Não importa. O que não posso é desistir só porque nem todos compreendem. Assim como um engenheiro não pode desistir de calcular, um padeiro de colocar a massa no forno, o lixeiro a correr com so sacos nas mãos, o pintor a pintar quadros, e por aí vai... Somos uma sociedade co-dependente. Todos nós precisamos de casa que não caia em nossas cabeças, tomamos café da manhã, jogamos o resto no lixo e observamos um quadro antes de iniciar o dia. Quando cada um de nós perceber a importância de conhecermos a nós mesmos e nos tornarmos pessoas melhores, estaremos espalhando isso para aqueles que nos rodeiam, em vez do mau-humor do começo do texto (o que ainda é o habitual e ainda faz com que conclusões como estas talvez possam parecer vindas de um livro infantil e sem relações com a nossa realidade e por isso serem ridicularizadas, como já aconteceu comigo, mesmo que de forma branda) e obrigatoriamente conseguiremos mudar o mundo.
Estou dizendo isso não como aquela que já trilhou este caminho e vem ensinar, mas como aquela que se analisa, detecta esse mecanismo e é a primeira da fila no "tenho todo este caminho a percorrer".
Bom dia a todos! Eu vou escrever! :-)
Abraço,
Camila Pigato

Um comentário:

  1. Pois é... destaque para a parte do "como é fácil desarmonizar nosso ser". Só queria entender porque parece ser tão fácil assim =/

    Bjos, preciso me re-harmonizar hehe.

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